quarta-feira, 27 de junho de 2007

Le Monde: Os robôs estão aprendendo as emoções humanas

Este artigo que apareceu no Le Monde de 23 de junho está relacionado à Affective Computing, ou "Computação Afetiva" que podemos relacionar à IA e aos agentes.

O artigo cita a HUMAINE, rede de pesquisa criada na Europa para congregar interessados no assunto:
http://emotion-research.net/

Os robôs estão aprendendo as emoções humanas

As próximas gerações de autômatos serão capazes de reconhecer e manifestar emoções; os primeiros deverão surgir por volta de 2010

De Pierre Le Hir

Vamos imaginar uma pequena cena da vida cotidiana. Estressado por uma jornada estafante, você retorna do trabalho de péssimo humor. Tom, o seu robô doméstico, que percebeu a sua contrariedade, se desdobra para lhe fazer todas as gentilezas possíveis: ele entoa uma música alegre, ensaia alguns passos de dança próprios para incitá-lo a dar boas gargalhadas, aproxima-se de você para massagear as suas costas. Mas, decididamente furioso, você lhe dá um chega para lá, com um brutal: "Me deixe em paz!" Magoado, Tom cruza os braços e sai da sala para remoer a sua tristeza num canto. Daqui a pouco -dentro de mais alguns anos, não mais-, esta situação não terá mais nada de futurista.

Tradução: Jean-Yves de Neufville

continua no UOL (para assinates)

ou no original em francês (2 euros)

Les robots apprennent les émotions humaines

Article publié le 23 Juin 2007
Par Pierre Le Hir
Source : LE MONDE
Taille de l'article : 870 mots

Extrait : Des automates capables de détecter et d'exprimer des affects sont en gestation dans les laboratoires. Bruxelles vient de lancer un programme de recherche. Petite scène de la vie quotidienne. Stressé par une journée éprouvante, vous rentrez du travail de méchante humeur. Tom, votre robot domestique, qui a perçu votre contrariété, fait assaut de prévenances : il entonne une chansonnette joyeuse, esquisse quelques pas de danse propres à vous dérider, s'approche pour vous masser le dos. Décidément furibard, vous le rembarrez d'un brutal : « Fiche-moi la paix ! » Peiné, Tom croise les bras et s'en va bouder dans un coin. D'ici peu - quelques années tout au plus -, ce scénario n'aura plus rien de futuriste.